Lázaro Ramos denuncia racismo no varejo durante lançamento do Código do Consumidor Negro

A Cogna Educação e o Movimento pela Equidade Racial (MOVER) anunciaram a abertura de inscrições para a oferta de 10 mil bolsas de estudo em cursos livres, online e gratuitos, direcionados exclusivamente a profissionais autodeclarados negros. Essa ação, que integrou a meta de criar 3 milhões de oportunidades até 2030, foi um passo estratégico para ampliar a empregabilidade e fortalecer a representatividade de pessoas negras no mercado de trabalho. A parceria previa um total de 30 mil bolsas distribuídas ao longo de três anos.

Os cursos, que foram ministrados pela Faculdade Anhanguera, tiveram carga horária média de 40 horas e emitiram certificado reconhecido. O catálogo de trilhas de aprendizagem contemplou áreas como Tecnologia e Inovação, Liderança e Gestão de Pessoas, Comunicação e Marketing Digital, Gestão Empresarial e Sustentabilidade e Inclusão.

Na ocasião, Fernando Soares, gerente de projetos do MOVER, reforçou que a iniciativa buscou ir além da capacitação técnica, focando na criação de uma oportunidade real para o desenvolvimento profissional. A vice-presidente da Cogna, Beatriz Sairafi, corroborou a visão, destacando a educação como a chave para a transformação social.

Durante o lançamento do “Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro”, no Rio de Janeiro, o ator e diretor Lázaro Ramos fez um discurso marcante sobre o racismo estrutural vivido por consumidores negros no varejo de luxo. A iniciativa é fruto da parceria entre a L’Oréal Luxo, o MOVER (Movimento pela Equidade Racial) e a rede de advogadas negras Black Sisters in Law. No evento, Lázaro compartilhou experiências pessoais sobre a constante vigilância e o tratamento diferenciado que pessoas negras enfrentam em ambientes de consumo, destacando como essas práticas racistas operam de maneira silenciosa, mas profundamente danosa.

O Código, lançado como resposta a uma pesquisa da L’Oréal que identificou 21 práticas discriminatórias no varejo de beleza de luxo, reúne 10 normas com força ética e simbólica, voltadas à capacitação antirracista, atendimento equitativo, liberdade de circulação, respeito à individualidade e inclusão real nos estoques de produtos. A proposta é provocar o setor a rever suas práticas e transformar a experiência de compra para consumidores negros.

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