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Racismo custa caro para os negócios: diretora do MOVER reforça impacto econômico da discriminação

A Cogna Educação e o Movimento pela Equidade Racial (MOVER) anunciaram a abertura de inscrições para a oferta de 10 mil bolsas de estudo em cursos livres, online e gratuitos, direcionados exclusivamente a profissionais autodeclarados negros. Essa ação, que integrou a meta de criar 3 milhões de oportunidades até 2030, foi um passo estratégico para ampliar a empregabilidade e fortalecer a representatividade de pessoas negras no mercado de trabalho. A parceria previa um total de 30 mil bolsas distribuídas ao longo de três anos.

Os cursos, que foram ministrados pela Faculdade Anhanguera, tiveram carga horária média de 40 horas e emitiram certificado reconhecido. O catálogo de trilhas de aprendizagem contemplou áreas como Tecnologia e Inovação, Liderança e Gestão de Pessoas, Comunicação e Marketing Digital, Gestão Empresarial e Sustentabilidade e Inclusão.

Na ocasião, Fernando Soares, gerente de projetos do MOVER, reforçou que a iniciativa buscou ir além da capacitação técnica, focando na criação de uma oportunidade real para o desenvolvimento profissional. A vice-presidente da Cogna, Beatriz Sairafi, corroborou a visão, destacando a educação como a chave para a transformação social.

Em entrevista ao portal Mundo Negro, publicada em 21 de março de 2025, no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, Natália Paiva, diretora-executiva do MOVER, reforça que diversidade não é apenas uma pauta moral, mas uma estratégia fundamental para a sustentabilidade e o sucesso dos negócios. Natália afirma que “racismo custa caro para os negócios” e destaca que empresas que ignoram políticas de diversidade, equidade e inclusão correm o risco de se desconectarem de boa parte do mercado consumidor brasileiro. A entrevista também traz dados relevantes sobre a sub-representação de pessoas negras em cargos de liderança e o papel do MOVER em impulsionar mais de 2 mil profissionais negros a posições de liderança em 2024. Para a CEO do movimento, é preciso desmistificar a ideia de que não há talentos negros qualificados e fortalecer políticas corporativas transversais e estruturadas para que a diversidade se torne parte estratégica do negócio.

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